quinta-feira, 2 de maio de 2019

O primeiro dia

Acordo e, de imediato, sinto-me um verdadeiro cidadão do mundo: parte do meu corpo está aqui, o meu cérebro ficou algures sobre o Atlântico e o estômago na Gronelândia. Não sei se quero dormir ou se quero comer, mas tenho de me levantar e começar a acertar os “horários”, pelo que vamos a isto!
O primeiro dia será um dia leve, com poucas caminhadas, pelo que visito um parque natural em Burnaby, cidade irmanada com Kushiro, no Japão.

Antes de avançar, relembro que só 46% da população é de origem canadiana-europeia, pelo que tirando os 2% de nativos, o resto são asiáticos de várias origens. Faz todo o sentido, se se pensar que a Ásia está aqui ao lado, mas como nunca tinha pensado nisso, ver asiáticos por todo o lado não deixa de ser estranho.

Subo ao Burnaby Park e tenho a minha primeira visão de Vancouver. “Presa entre as montanhas e o Pacífico, é uma cidade cheia de zonas verdes e, apesar dos edifícios altos, harmoniosa na paisagem.




As áreas verdes são extensas e não fosse o pormenor de odiar musicais e teria cantarolado o Música no Coração. Felizmente, o meu bom gosto/senso prevaleceu, pelo que limitei-me a fazer amigos entre os locais e a imiscuir-me na paisagem!






Alguns pormenores locais para vocês:

- os bancos de jardim são “patrocinados” pelos mortos. Alguém que não mostre isto ao Fernando Medina!!!



- os caixotes do lixo têm um modo de abertura anti-urso.



- o Capitão Óbvio passou por aqui.




Entretanto, que vejo eu ali ao fundo? Poderá ser? É mesmo!!! O meu primeiro ursoooooooooo!!!



Pronto, não é um urso à séria, mas já tenho a escultura e o caixote do lixo anti-urso, pelo que são tudo bons prenúncios (nada como pensar positivo!).

Finalizo o “dia” indo a uma casa de gelados com 238 sabores, sendo alguns simplesmente esquisitos.

Sim, a maioria das lojas tem tudo em inglês e mandarim (suponho eu!).

Saliento, de entre todas as bizarrias, pera com queijo azul gorgonzola. É de chorar por menos!!!



São 19.00 aqui, mas para mim são algures entre a meia noite e as três da manhã, dependendo do órgão a que perguntarem, pelo que aterro no sofá. Amanhã conto ter os meus órgãos mais síncronos e, por isso, planeei uma caminhada por um parque de vários km. Mal posso esperar!


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