sexta-feira, 3 de maio de 2019

Stanley Park

O segundo dia é dedicado em exclusivo ao Stanley Park: um parque de vários quilómetros localizado numa península em Vancouver. Objectivos: conhecer a floresta húmida da costa ocidental canadiana, tocar no Oceano Pacífico pela primeira vez e ter um primeiro contacto com a cultura indígena da zona, sobre a qual admito saber quase nada. Apanho dois autocarros até chegar à entrada do parque e começo a caminhada.

Mal tenho a oportunidade desço para a costa e, sendo maré baixa, encho-me de lodo e vou tocar no Pacífico. Sim, nunca mais o Pacífico foi o mesmo!


Continuo a caminhada e dou por mim a rever algo que já não via pessoalmente desde a época das Maldivas: um hidroavião. Pelas minhas contas eram 16 e fazem parte das actividades turísticas de Vancouver: fazer uma viagem sobre a área para ter uma perspectiva diferente.



Não demoro muito a ter o primeiro contacto com a cultura indígena, quando avisto os primeiros totems!!! Os totems tinham várias utilidades, sendo que uma delas era estar à entrada das casas para identificar a família a que pertencia a casa, sendo que também permitia distinguir a importância das famílias. Ao contrário do que se pode pensar, não eram objecto de adoração nem representavam deuses alguns.




Logo ao lado dos totems, com quem é que eu me deparo? Com o Zé!



O Zé, mais conhecido por estas partes como Joe Silvey, José Silva no original, foi um dos primeiros brancos a chegar aqui (cerca de 1860), tendo casado com duas princesas indígenas (a primeira morreu de tuberculose) e criado uma comunidade mista. Este pioneiro era açoriano, pelo que este monumento foi construído com o apoio de várias entidades açorianas, sendo a calçada portuguesa que está à volta sido construída por um açoriano que voou de propósito para a aplicar. No topo da escultura está uma figura que representa a águia local e o açor. A escultura foi feita por um dos seus milhares de descendentes e honra a importância da comunidade portuguesa cujas contribuições ajudaram a construir a província da Columbia Britânica, assim se pode ler na placa.


Depois desta parte do parque, embrenho-me na floresta húmida e percorro-a quase alheado do facto de estar perto de uma cidade, não fosse o ruído dos hidroaviões que constantemente amaram e descolam.




Depois de muito andar (mesmo!), chego ao Prospect Point, lugar mais alto, de onde se pode vislumbrar parte da baía de Vancouver e a parte de West Vancouver.






Estava na hora de descansar um pouco e depois regressar. No dia seguinte seria dia de visitar a baixa, conhecer a arquitectura e visitar o Museu de Antropologia, um dos meus interesses principais da viagem. Deixo-vos com alguns "apontamentos". Até amanhã...


Se algum de vós alguma vez se perguntou se havia uma linha que separava a sabedoria da ignorância, encontrei a resposta a essa vossa pergunta. De nada!



Se há entidade mais omnipresente que Deus, essa entidade é o Capitão Óbvio!



Existe uma versão Vancouveriana da Pequena Sereia dinamarquesa. Não é sereia, mas tem barbatanas e representa a ligação de Vancouver ao mar.



Os Canadianos gabam-se de ser organizados, pelo que até os castores têm buracos numerados e com chave para a porta. Ou isso ou alguém encontrou uma chave no meio do percurso e pendurou-a ali. Gosto mais da primeira hipótese!



Para finalizar, eis uma estalada sem mão que este Panda dá ao nosso Panda. Quais caricas, quais quê! Isto sim, é animação familiar, agora festival do Panda...bah!


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